metafórico como no texto do Corvus Corax et Congregatio onis Pugna que também traz tais inserções. O texto ora se transforma em subtexto e ora em iluminura. Derepente surgem desenhos, alguns até sacrílegos como um pênis e um Cristo com flatulências.Essas inserções estão por todo o texto e lembram as traquinagens que Tyler Durden faz com os filmes que projeta e não só: FINCHER também brinda-nos com suas contribuições. Vejamos as imagens: O Corvus Corax et Congregatio onis Pugna não é o único texto a fazer tal coisa no final da Idade Média. Muitos autores como Rabelais e Dante já faziam isso. Veja o Gargantua e Pantagruel e teremos a prova. Na cena final do filme, David FINCHER brinda-nos com a satírica imagem abaixo de um homem nu. No momento em que Jack e Marla assistem os altos edifícios do grande centro financeiro da cidade ruírem com as bombas terroristas do grupo Clube da Luta, aparece a imagem abaixo, congelada no instante em 1’37’’57: É nos dito que Freud levantou o homem de onde Santo Agostinho o derrubou: na questão sexual. Não há como olhar para esta cena final e não considerarmos seu aporte freudiano. No livro de KUMPFKOPULE há várias referências satíricas a filósofos neo-platônicos e agostinianos. Isto talvez signifique uma revolta semelhante à metafísica clássica. Tanto o filme quanto a obra medieval avançam sobre essa temática, a do instinto pulsional humano. A agressividade da luta é a mesma do impulso sexual, diz Freud em Mal estar na civilização. A inserção subliminar do homem nu revela a temática dos instintos reprimidos. È uma imagem constrangedora como constrangedor eram os comentários dos menestréis. É algo não resolvido na natureza humana: o sexo e a violência. Confiamos que a revolução sexual nos traria a revolução política. Esta opção desvanece-se diante de um capitalismo auto-comisserável, regenerativo, altamente simbólico e fetichizado. A única opção é a flodagem, o hackeamento, o boicote, o aternative style e o terrorismo. Contra as grandes marcas, os grandes signos, só há opções que perpassam pela cópia, pelo plágio, pela pirataria, pela remontagem, pela pixação, pela mentira insertiva, pela alteração coreldrawiana ou photoshopiana e se nada der certo, o extreme make-over da “lição” terrorista: RECONSTRUÇÃO TOTAL. O terrorismo agora é a arma das organizações subversivas atuais. Anônimo e althusseriano, lyotardiano ou como seja o tal, Marx previu isso? Conclusão Curiosamente, tal qual uma profecia, Jacobus e Cioran destroem a cúpula de uma catedral e soterram seus desafetos. Congregatio onis Pugna significa, em latim, “congregação do punho (do soco, da luta)”. Revelador como é, Yurg KONIG diria paradoxalmente que mesmo assim isto não significa nada. Bibliografia BARBOSA, J.A. As ilusões da modernidade. São Paulo: Perspectiva, 1986. BERMAMN, M. Tudo o que é sólido se desmancha no ar. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. CHAUÍ, M. O que é ideologia. São Paulo: Brasiliense, 1988. DUBY, G. Ano 1000, ano 2000. São Paulo: Martins Fontes, 1998. GREIMAS, A.J. Dicionário de Semiótica. S.Paulo: Zahar, 1973. KONIG, Y. Das trennende Transpopectzion. Hanover, ALE: Kurfüstenhof Athenborg Edicionisttater, 1998. MARX, K. Posthumous Buchstaben. Berlim, ALE: Zorgbeist, 1983 PALAHNIUK, C. Fight Club. Portugal: Edições 50, 1996. SANTAELLA, L. Cultura e artes do pós-humano: da cultura de mídia à cibercultura. São Paulo: Paulus, 2003. SANTOS, J.F. O que é pós-moderno. São Paulo: Brasiliense, 1984. ZUMPFKOPULE, Z. Corvus Corax et Congregatio onis Pugna. 14a. ed., 6a. reimp. Sttutgard, ALE: Zunk Regio Forma, 1974. Filmografia FINCHER, D. Fight Club. /filme/Eua, 1999. color. Son. 139min. 35mm.